sexta-feira, junho 15, 2007

Attitude


Pensei em milhares de títulos para ter um mote ou um ínicio, não deu.

Killing me softly ? Bah... não curto o óbvio
Everything is Everything? Não, nem sempre! E quer saber porque? Nelson Motta é o caralho, Patricia Marx é a cabeça do caralho e Super Jazz é a gonorréia do caralho. Fuderam com Tim Maia Racional, Cypress Hill, Erika Baduh, Public Enemy, numa nóia narcizista que, na moral, fecha por aqui, não merecem ser lembrados, foda-se.
Lauryn SIL ? Nem sei se é assim que se escreve, depois a Jana me corrige. Outro ponto a ignorar, a produção do evento, cômico aquele telão que melhorou muito a vida de quem pegou estrada e ficou de pé das 7:30 as 11:30 esperando o começo do show.
Lauryn Sá ou Sandra Hill ? Pois é, seria leviano roubar idéia alheia. Que visual da Lauryn, que energia, não dá pra imaginar quantos filhos ela tem. Ainda mais por que essa idéia me leva a lembrar do fracasso do show de abertura, que nos levaria a uma escolha complicada. Naturalmente me veio um lance que deixa a escolha menos penosa. As nossas negras. Sandra de Sá, Luciana Melo, Paula Lima, Elza Soares, Negra Li, tantas e tantas e a minha opinião pessoal... gostaria de ver lá a Nega Gizza, mulher do morro, mulher dos movimentos sociais, de confronto, de idéia, de ATITUDE. Queria ver o choque com o público.
Outro título que pensei : IS FUNNY HOW MONEY CHANGE A SITUATION ! Afinal 8 onças num ingresso beira à extorsão e pra variar limita a cultura.
Pra explicar o ínicio do show, o título seria READY OR NOT , o palco era pequeno pra rapaziada dela: Um DJ (show à parte), Baixo, backing vocals AFRICA REPRESENT, percussão, mega power batera, metais, contra-baixo (sim! outro, 6 cordas), tecladista, piano de calda, foi o que consegui ver.

E finalmente, o título ATTITUDE recebeu o maior numero de ligaçoes no 0300, o primeiro motivo é o que o show tem, muita atitude, que transborda da artista, mãe e humana Lauryn Hill e sua banda no palco. O show começou com a banda fazendo uma performance PshicoHeavyCoreFunk, uau!!! Quando a Lauryn entrou, não sabia se era um misto de Zack De la Rocha com Bob Marley e Pschico Mike... MANO!!!... um murro na cara. Muito improviso, muita música de primeira, e ela ainda fez aquela massa cansada e massacrada pular muito. Até quem não conhecia Fugees pirou .... que louco, estou surdo e anestesiado, como digo sempre, de alma lavada, de boa, se liga só no set list que contou com LOST ONE, Everything is Everything, To Zion, Fugeela, Ready or Not, Zimbawe, Iron Like Lion. Mas quando a banda e a Lauryn deixaram o palco, o povo em coro começou a cantar Killing me Softly, aí já viu.
Lá veio ela à capela e a banda chegando depois, na sequencia o som novo (loose myself) e fechando com estilosa Doo Wop THAT THING (Tín!). Aqui eu encho o peito de ar e durante os próximos 45 segundos sai um belo: P U T A Q U E O P A R I U ! ! ! !

O título é mais uma excreção exercida neste espaço cibernéticocrático. Attitude é como os estadunidenses aplicam a escrita para a mesma coisa. E lá -pensa este pobre sul americano periférico - Lá, o "t" a mais é o TIME... E na boa, não quero comparar nínguem, apenas a attitude de alguns artistas, pois vi o grande Tom Zé começar um show antes da hora resmungando sobre a falta de respeito com o fato de ter que passar som atrasado na frente do público (show gratuito ao público)... Vi o Roger Watters começar um espetáculo fabuloso Dois minutos antes da hora marcada. Vi a merda que deu o atraso dos Racionais na Sé. A idéia agora não é ficar fazendo juízo, apenas cobrar RESPEITO. Quarenta minutos é atraso. Mais de uma hora é desrespeito. Tô ficando velho porra!

Um comentário:

Jana disse...

O show foi maravilhoso, só achei muita falta de respeito o atraso. Acho que ninguém que vive da sua imagem (ou não) tem o direito de deixar seu público esperando daquela maneira... e é SEAL.
Beijos