sexta-feira, dezembro 19, 2008

Como ganhar a eleição em 2010 ?

Como democracia pra mim é insulto à inteligência de um pobre girino, prefiro me divertir com o realite-chou mais cômico desse puteiro continental. Aqui as cafetinas mandam e desmandam há séculos pra girar a tal "roda da eleição" e continuam a ganhar sua grana pra se manter cagando de cima pra baixo. Eita porra sô ! E o latifúndio? E o petróleo? E a coca? E as putas? E o Índio? E os diamante? E os preto? Obamis? Ronaldo Gordo? Foi ele quem pulou no Rio Itajaí que transbordou? O Fidel? E o Vasco? Putz esqueci da Madonna... Falando nisso...
As cafetinas já nasceram sabendo onde apertar, mandam de cara: - Taxem as puta, pô! O mercado se regula sozinho, deixe que se matem. O meu tá garantido. É imposto, taxa, pedágio, ágio e o cacete! Vou montar outro banquinho...

Ganham de todo jeito, na crise, no auge, sempre fácil, afinal todos querem funfar e ser feliz. Compre mais compre mais e mais.

E o suor continua pagando só os juros da compra à prazo na vendinha do próprio patrão. O prego é que mudou de lugar, agora é digitalis, como diria Obamis da Mangueira, o ex-trapalhão e futuro presidente dos istadunidense de lá. E um percentual já vai pra casa branca quando se digita a senha do banco. Dá-lhe senzala moral, pior do que chicote.

Mas o assunto é como fazer pra ser o próximo presidente daqui. Se o problema é carisma, meu voto é pro Silvio, mas se a questão é representatividade, meu voto fica para o Dantas, à ele o que já é dele, o "puder". Mas agora que Aecinho (o comedor de Miss) e seus asseclas da cidade monstro já montaram o esquema, não vai ter pra ninguém em 2010. As arrecadações dos pedágios do Rodoanel e Fernão Dias ou elegem seus idealizadores ou aleijam de vez os paulistanos. Embora eu tema que ambas as coisas sejam iminentes.

O Rodoanel Mario Covas é exatamente nada daquilo que a pobre promessa feita pelo defunto homônimo. Ele disse que não haveria pedágio. Mas eu sou brasileiro e acredito em Papai Noel, Coelhinho da Pascoa e claro, em político em campanha eleitoral. E pra piorar, eu aprendi a ser idiota tão bem na escola, que não vou cobrar promessa de finado.

Depois é bronca minha, mas faça as contas, desde Adhemar de Barros até agora, o que ganhamos com a tucanada no governo do Estado de SP? Duas gerações de analfabetos funcionais, pedágios, taxas, impostos, policiais assassinos, extermínio de presidiários à luz do dia, favelas, perda do parque industrial, e tudo isso com apenas dois efeitos colaterais graves, a miséria e a violência.

E viva a CCR - Ecovias - e todos os testas de ferro dessa vergonha nacional !!!!

quarta-feira, novembro 12, 2008

Apartheid Cultural, a lenda da meia-entrada

Já aprovado pelas comissões de Constituição e Justiça e Educação, tramita
no Senado, projeto-de-lei que restringe o direito à meia-entrada. Quando criada, seu objetivo era estimular e possibilitar o acesso dos jovens, principalmente estudantes, aos bens culturais como meio de desenvolvimento intelectual e de lazer.

Tal medida vem sendo discutida amplamente embora a grande mídia cague e ande para o assunto. Pois são eles muitas vezes os patrocinadores e divulgadores das atividades culturais que segregam o cidadão pobre. Me diga quanto custa o ingresso do cinema hoje num shopping de alguma capital. Qual o preço do ingresso para os grandes espetáculos como Circo de Solei? Quanto custa o ingresso para a Formula 1? Quanto custa ir ao teatro?

Já não bastava pagar um absurdo para ir a um show em estadios e assistir somente aos lindos cabelinhos da elite brasileira, afinal agora existe PISTA VIP. A maldita faixa na frente do palco é destinada a quem tem o privilegio e bolso pra ser VIP, e se você não tem uma grana violenta pra ver sua banda de rock favorita, sugiro que você depois baixe uma gravação pirata pra ver. COPY LEFT Porra!

O ponto mais forte na argumentação dos malditos "comerciantes da cultura" (os quais fazem um show da Madona custar mais que o valor de uma televisão LCD) é que há muita falsificação. Ô dó!
Nem pretendo entrar na questão dos agiotas que patrocionam tais eventos e parte dos ingressos é vendida só para aqueles afortunados correntistas (Citibank por exemplo).

Eis o ciclo vicioso da burrice capitalista. Para cobrir o valor das meias-entradas, os promotores aumentam o valor do ingresso, assim quem não tem carteirinha paga 150% do valor de um ingresso, para que o coitado do estudante (falsificado ou não) pague apenas 50% do valor do ingresso, que na verdade é mais do que isso. Exemplo:

Custo real do ingresso R$100,00 -> Meia Entrada R$50,00

Aumentam o ingresso (inteiro) para R$150,00 -> Meia Entrada R$ 75,00

No final os 2 ingressos (1 inteira + 1 meio ingresso) = R$225,00 e não R$200,00 de duas entradas inteiras.

No final eles ainda ganham R$25,00 do estudante por serem legais vendendo meia entrada. Ao invés de perder os R$50,00 da meia-entrada, parabéns para eles, azar da nossa ignorante realidade sem cultura e discernimento.

Resultado prático das arbitrariedades financeiras até o momento?

Pão e circo para a elite, de brinde leva-se cultura (enlatada, mas ainda é privilégio!). A cultura não transforma a mente da elite, cultura é apenas mais um bem de consumo que gerta status.
- Oi amiga, eu fui ao show do Lenny Kravitz e vc?

Pão e circo para o pobre (maioria), se resume ao pagode, churrasquinho de gato e televisão para ver a novela ou o futebol.
- Morro por ti Cúrintia!!!!

Porém, no grupinho dos revoltados que me incluo, o pobre quer e gosta de teatro, cinema, shows, etc e deveria ter direito igual ao acesso à cultura, usando da meia-entrada como alternativa para não empenhar todo seu soldo em uma única visita à arena da casa grande. Mas do que vale a opinião de um proletario que sabe ler e usa a internet? NADA e viva o blog!

No grupinho elitizado dos hipócritas acéfalos, esse povo feio, mestiço, sujo e mal arrumado não deveria sentar ao lado deles no teatro, cinema ou F1. Já criaram o ingresso VIP, o VIP Plus e o Camarote Preiba.. e não adianta, eles não querem deixar o Brasil para os brasileiros, querem viver aqui e não dividir o espaço. Qual a solução ??

Carteirinha só de segunda a quinta! Hahahahahahah

A minha sugestão de solução seria mandar toda a elite morar em BeverlyHills, mas lá eles serão tratados como brasileiros sujos e mal educados, então é melhor continuar aqui pisando na cabeça do povão, mandando e desmandando e claro, continuar a pensar que seu côco é mais cheiroso.

E assim seguiremos felizes até que o efeito colateral chamado violência (recurso natural da miséria) os prenda dentro dos seus próprios castelos de areia.

E sabe onde estão as entidades estudantis, UNE, UBES, etc? Nem eu....

quarta-feira, outubro 29, 2008

A crise americana em "brasileiríssimo"

Mais uma enviada pelo Antonino.


Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é ou gerou a crise americana, segue breve relato econômico para leigo entender. É assim:


O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.


Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).


O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.


Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CCBs, CDBs , CCDs, UTIs, OVNIs, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.


Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).


Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os bebuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência.


E toda a cadeia sifu.

A HISTÓRIA DO JOHN: A CRISE AMERICANA DE FORMA DIDÁTICA

John comprou uma casa, no começo dos anos 90 por 300.000 dólares financiada em 30 anos. Em 2006 a casa do John tinha valorizado e estava valendo 1,1 milhão de dólares. Uma fantástica valorização.

Mesmo ainda faltando 20 anos para quitar a casa, um banco perguntou pro John se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, ou seja uma segunda hipoteca. Ele aceitou o empréstimo, fez a nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares. John não precisava do dinheiro. Tinha um emprego estável, morava numa simpática casa no subúrbio de uma grande cidade. Mas como todo americano, não podia escutar a palavra crédito.

Com os 800.000 dólares e ainda sem saber o que fazer com esse dinheiro, John soube por um amigo que o mercado imobiliário continuava valorizando. Era construir, anunciar, vender e lucrar. Um ótimo negócio e como disseram pro John, não havia riscos.

John comprou 3 casas em construção, na parte mais nobre da cidade, dando como entrada 300.000 dólares e imediatamente fez mais 3 hipotecas, uma pra cada casa. Porém no acordo feito, o valor recebido pelas 3 hipotecas era pequeno, o suficiente para terminar a construcao das casas.

A diferença, 500.000 dólares, que John recebeu do banco, ele gastou: comprou carro novo (alemão) pra ele. Deu um carro (japonês) para cada filho. E com o resto do dinheiro comprou 8 TVs de plasma de 600 polegadas cada uma (coreanas), 8 notebooks(chineses), uma jacuzzi de 30.000 dólares (vietnamita, fabricada com trabalho escravo infantil) e um lindo ponney (mexicano) para sua filha caçula, financiado em 25 anos, (o companheiro ponney irá para o céu dos ponneys e o John ainda estará pagando as prestacões). Além de realizar seu grande sonho de viagem, ir a Paris, ficando hospedado no Ritz pagando 600 euros a diária (mesmo estando na cidade com alguns dos melhores restaurantes do mundo e com grana, emprestada, no bolso, John não abria mao do seu hambúrger no jantar).

Tudo comprado em longas prestações,com entradas bem pequenas, tudo a crédito. Uma farra.

A esposa do John, sentindo-se rica, sentou o dedo nos seus 28 cartões de crédito. Aproveitou para fazer algumas cirurgias plásticas, para ser exato 18. Seus seios ficaram lindos, os 3. John era o sonho americano em forma de pessoa.

O tempo passou, o tempo,esse malvado, sempre passa!!

No começo de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o John tinha comprado e estavam em fase final de construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham liquidez. O negócio que o John tinha se metido era...refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas em começo de construção e revendê-las com lucro repassando as hipotecas.

Fácil. Parecia fácil. Sempre parece fácil.

Só havia um probleminha com o negócio do John. Todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo.

As taxas de juro das hipotecas que o John pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o John percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do John. Tinha casa pra vender como nunca.

John foi aguentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou para revender, mais as prestações dos carros, dos notebooks, das tv de plasma, da jacuzzi milionária, do ponney e dos cartão de créditos.

Aí, as casas que o John comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que o John tinha gasto o dinheiro. No momento da parcela maior, John achava que já teria revendido as 3 casas. Mas os compradores tinham desaparecido.

John se danou.

Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. John comecou a não pagar suas milhares de contas.

Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais ao John. E tambem das milhões de pessoas que compraram essas casas dos que tiveram a idéia antes do John.

John optou pela sobrevivência da família. John entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido.

John quebrou.

Ele e sua família pararam de consumir. Um sem número de Johns deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis.

Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Johns em títulos negociáveis. Com a inadimplência dos Johns, esses títulos passaram a valer pó. Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.

Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço que esses imoveis não valiam mais. Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava. A inadimplência dos milhões de Johns atingiu fortemente os bancos americanos e europeus que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil acabou.

Com a inadimplência dos milhões de Johns, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Johns pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro, não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo dos Johns de perder o emprego fez a economia travar.

Recessão é sentimento, é medo do futuro. Mesmo quem pode, pára de consumir.

O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo. Porém, ainda não se sabe o resultado prático dessas medidas na economia real.

Essas ações foram corretas e, até agora, não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.

O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas.

ATE QUE O IMPENSÁVEL ACONTECEU!!!

O pior pesadelo para uma economia: crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, quebrado, insolvente. O FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan.

Mais recentemente as financiadoras de hipoteca FREDDIE MAC E FANNIE MAE também se viram em situação de quase insolvência. Rapidamente o congresso aprovou um plano de ajuda as duas empresas. Se elas quebrassem, teríamos um efeito cascata e o sistema desmoronaria.

O mercado e as pessoas seguem sem saber o que esperar. O que começou com o John hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo poderá dizer o que vai acontecer.

E o John e sua família? Você deve estar se perguntando.

John devolveu todos os bens para as financeiras. E ainda ficou devendo um dinheirão. Mas o que ele mais queria devolver, ele não conseguiu. As plásticas da esposa, essas não tiveram jeito.


ENVIADO por Antonino Pitzschk

quinta-feira, setembro 18, 2008

Crítica a vida corporativa.

Isto émais um desabafo do que uma idéia construída.

As pessoas sabem a cotação do dólar, as prováveis fusões que acontecerão, acompanham as bolsas de Londres, New York , Tókio e porque não dizer a BM&F? Mas não sabem o nome do porteiro do prédio onde residem.
Contam aos amigos o que conseguiram fazer no trabalho, coisas como diminuír o gasto do departamento em 7% mês passado, minha empresa se tornou a maior em seu segmento, discutem o orçamento e os planos da empresa que comandam, mas não sabem quantos filhos a empregada sustenta com o salário que ganha limpando a casa deles.
A preocupação de todos parece ser quais certificações tirar, e como o mercado vê tais coisas. Perguntas como, ganharei mais se me certificar nisso ou naquilo? Que cargo posso almejar com as certificações que tenho?
Os sonhos que antes eram, quero ter uma familia, ser respeitado por meus filhos, e amado pelos amigos, hoje se tornou, quero ser CEO de uma grande CIA, ou ter aquele carro que não tem cara de tiozão. Me pergunto, será que a familia o respeitará por ser CEO, ou os amigos o amarão por ter o carro?
Ouço termos como economia de escala, aumento de produção para maximização dos lucros, as conversas giram em torno do que a empresa onde trabalham se tornará, e qual a contribuição que as pessoas dão para tal feito. Quando a conversa toma o rumo pessoal, parecendo uma tentativa desesperada da alma ainda humana, as pessoas versam de como a familia reclama da distancia que eles estão de “acontecimentos pequenos”, como o primeiro passo do filho, o almoço de Domingo que ele perdeu por estar no trabalho preparando uma apresentação importante para Segunda-Feira. Ou a mulher que o abandonou, o filho que fica no computador enquanto ele janta correndo pra poder terminar algo do trabalho que não conseguiu durante o dia, e o chefe precisa para o dia seguinte sem falta. Ou seja, é sempre pra reclamar do que a vida pessoal deles se tornou, e do quanto atrapalha a vida profissional. Mas logo voltam para o assunto principal, como que para fugir do que os incomoda.
Quando penso nisso me lembro de uma música que ouvi décadas atrás do Caetano Veloso:
Alguma coisa esta fora da ordem, fora da nova ordem mundial!!
É, e suspirando percebo que sou eu que estou fora da nova ordem mundial!!
Pois ao meu ver, ser CEO de uma grande empresa só me faria menos humano do que fui ao completar 10 anos de idade. Hoje com mais de 30, tenho medo das coisas que consegui no trabalho. Por saber que cada vitória, cada cargo que consegui, significou algo que não consegui como ser humano. Perdi valiosos momentos com minha familia para entregar algo no prazo.
Perdi amigos por não ter tempo de visitá-los, perdi possíveis amores por não estar onde elas estariam. E o que ganhei?
Quero a partir de hoje, dizer não aos prazos, não as informações que não me acrescentem à alma um fator humano. Será que é tarde?? Será que por trás desse Rato corporativista ainda pulsa uma alma humana? Essas perguntas me assolam a noite me impedindo de dormir.
Gostaria que não incomodassem a mais ninguém!!


Kleber Pereira Ribeiro

terça-feira, setembro 16, 2008

Ensaio sobre a cegueira


Na semana passada vi a estréia do filme Ensaio sobre a cegueira, romance de José Saramago premiado com o Nobel de literatura, adaptado para as telonas pelo diretor Walter Salles.
Me lembro daquele ditado que diz: "em terra de cego quem tem olho é rei".

Saramago com sua ótica muito forte sobre o íntimo universo humano, sem dar nome aos seus personagens, nos mostra como o ser humano realmente é quando perde a tal "dignidade". E como a sociedade desmorona pela falta de uma única faculdade humana, a visão.

Dessa forma, podemos entender que dentro de todos nós existe cada um dos seus personagens, pois pertencer a raça humana implica em ser benvolente, mentiroso, mesquinho, forte, solidário, canalha, covarde, herói e uma sorte de outras coisas que não devo citar para não estragar o filme de quem ainda não conhece a obra.

Outro ponto forte é lembrar que embora nossas atitudes molde quem somos, no caos, o nosso passado, conta bancária, títulos e cor da pele não tem valor nenhum.

"Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara."

quinta-feira, setembro 11, 2008

Gabo

Não consigo fugir, até meus últimos dias questionarei a ordem das coisas. Não aceito as decepções desnecessárias, as atrocidades e continuo achando que as coisas podem ser melhores, mesmo que as cartas sejam marcadas, que o jogo já esteja perdido antes de começar. É muito fácil se sentir bem com o conforto ilusório que nos leva a escravidão cotidiana, comprando os produtos e idéias por osmose eletrônica.
Dia após dia as ameaças aumentam, os profetas e malucos que tentaram nos alertar levaram chumbo, os de hoje são destruidos por sub-letrados que escrevem para os analfabetos funcionais mundo à fora ou vitimas de drogas contaminadas. Imagine um mundo sem religião? Eu tenho um sonho... Que o brilho dos olhos sejam mais importantes que a cor da pele, e apesar de todas as atrocidades desse mundão louco nunca perderei a ternura, jamais.
Eles podem ter a grana, ter o poder, mas e depois? Perdoar, mas de que forma?
Se essas letras ecoassem como meus devaneios imaginam, alguém choraria de fome, gritaria de dor, pediria socorro até perder a voz e seria privado de tudo roubou.
Lembro de uma música que diz que depois do inverno a primavera chega, queiram ou não os poderosos, mas às vezes questiono se o sol vai continuar nascendo por muito tempo.
O saco já não se cabe mais de tantos absurdos dia a dia, tantas são as futilidade pra esconder que somos medíocres, seja com idéias vegetarianas ou a camiseta branca da passeata hipócrita.
Ontem um desconhecido me perguntou? - Você já tem filhos? - respondi que não, e o fulano completou: - Então compre um cachorro.
Puta que o pariu, me dê licença, onde fica o banheiro?
Descartável, descartável, tudo é descartável. Ninguém precisa de ninguém, todo mundo é independente até conhecer o terapeuta e com sorte viverá melhor o visitando pelo resto da vida.

Outro dia li um discurso de Gabriel Garcia Marquez, e o que marcou foi o seguinte:

"Me recuso a admitir o fim do homem, tenho consciencia plena de que pela primeira vez, desde a origem da humanidade, o desastre colossal já professado há muitos anos, hoje se resume a uma simples constatação científica. Diante da terrível verdade, que aos meus pais pareciam mera utopia, os inventores de fábulas que em tudo acreditamos sentimos que temos o direito de crer que ainda não é "too late" para comerçarmos a criação de uma utopia contrária. Uma nova e arrasadora utopia de vida, onde ninguem possa decidir por outros até na forma de morrer, onde realmente seja certo o amor e a possivel felicidade, e onde as elites condenadas a cem anos de solidão tenham finalmente e para sempre uma segunda oportunidade sobre a terra."

E quem me trouxe às mãos tal texto, foi a coluna mensal de Fidel Castro- aquele que insistem sem sucesso em convencer-me que seja um monstro - ao citar seu amigo Gabo, que iniciou sua carreira como modesto joranlista da agencia de noticias cubana, sugerida pelo saudoso Che.

Salve ao DJ Primo, mais um da resistência que partiu essa semana!
E uma cusparada na cara d'aqueles que só fazem peso na Terra e só pensam no próprio umbigo.

sexta-feira, agosto 29, 2008

Anuncios

Esta semana vi alguns anúncios bem interessantes:

Recebi um newsletter de uma livraria onde o título do anúncio era algo como:

"Livros de auto-ajuda com descontos progressivos".

Comentando o fato com um amigo, ele sintetizou em palavras o que eu havia pensado à respeito, e a síntese é: Quanto mais longe do suicidio, maior o seu desconto!

Hoje cedo no caminho para o trabalho, tive que seguir por vários kilometros uma viatura da Tático Sul onde dizia:
"Apoiamos a doação de orgãos"

Será por isso que eles matam bandidos só com tiro na nuca?

terça-feira, agosto 26, 2008

QUAL É A MÚSICA?!

Depois dessa o programa do Silvio Santos perdeu a graça.

Acesse o site http://www.midomi.com grave o seu solangês e o site de diz qual é a música.

Como diria um amigo S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L !!!!

Ah... vi até Raul Seixas na lista.

terça-feira, agosto 19, 2008

Ensino de música na educação básica

Lula sanciona lei que obriga ensino de música na educação básica

Da Redação
Em São Paulo
As escolas públicas do país terão três anos para inserir no currículo da educação básica o ensino da música. É o que define a Lei n.º 11.769, sancionada nesta última segunda-feira (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União.

Segundo a Folha de S. Paulo, a Casa Civil informou que Lula vetou o artigo que previa que os professores tivessem formação específica na área.

O QUE ENSINAR NA AULA?
João Wainer/Folha Imagem
Escolas terão três anos para adaptar a grade curricular e incluir música nas aulas de artes
PERÍODOS DA HISTÓRIA
INSTRUMENTOS MUSICAIS
TRADIÇÕES MUSICAIS
PROFISSÃO: MÚSICO
BIBLIOTECA UOL MÚSICA

sábado, junho 14, 2008

Puxador de samba não

O intérprete e compositor do samba morreu.

Com todo o respeito aos que cantam samba e que no carnaval levam os samba-enredos das escolas aos quatro cantos, mas, de hoje em diante, dia da morte de José Clementino Bispo dos Santos, mais conhecido como Jamelão, só posso dizer que agora temos apenas puxadores de samba.

"Puxador é puxador de corda, puxador de fumo, puxa-saco. Puxador de samba não. Eu sou cantor", Jamelão.

Foto roubada da Folha/Uol.

Publicado em Junho 14, 2008 por mundodarua
http://mundodarua.wordpress.com/

quinta-feira, junho 05, 2008

Pena de vida

Há tempos não escrevo neste pseudo-blog, nem ao menos leio nada interessante, vida dura de escravo digital, sabe comé, né?!

Muito trabalho!! Aí você pensa, lá vai o revoltadinho fazer dinheiro pra comprar mais coisinhas importadas... Errado! Um dos maiores faturamento do mundo costuma dar chapéu nos escravos que lucram pra eles sem descanso... Nada novo neste árduo solo tropical onde bate o sol bem quente.

Hoje parei tudo pra escrever, que se danem os patrões. Acabo de ler a mais nova coluna do meu camarada Ferréz e o título diz, "voltei e estou armado", o cara voltou à toda na Caros Amigos.
Depois de ler e me identificar com tudo que ele deixou de aviso lá, concluo que minha alma foi só alugada, nunca a venderei. Isso enquanto não me prenderem por porte ilegal de massa encefálica operante. É isso mesmo, pensar nesse mundo vai virar crime inafiançável com pena capital. O grande líder dessa mega bosta redonda azul, por um acaso, pensa?
Mas como tudo tá de ponta cabeça mesmo, devo esclarecer que a pena capital é a tal da pena de vida. Afinal viver nesse mundão louco nos dias de hoje é o pior castigo. A única coisa que me alegra é que já venho pagando parte da pena antecipadamente, quem sabe não consigo negociar um desconto com o diabo quando essa porra toda acabar?

Meu instinto homicida pode aflorar a qualquer instante, mas ainda sei me divertir e abstrair as mazelas. Eis que minutos atrás uma viatura da PM passou por mim e me acenou amistosamente. Eita mundo louco sô! Logo eu que sempre tive medo dos alienígenas cinza do planeta Ódio.

Mas deixo claro aqui, sempre fechei com a idéia do Ferréz... Somos todos Zumbis e Lampiões, presos na liberdade ilusória da modus vivendus do capital, acumulando riqueza pra pessoas que nunca gastarão toda essa grana nem com 7 encarnações, e nem ao menos sabem como matam milhões de irmãos com suas canetas. A algema que brilha em todas as noites de cativeiro é quadrada e tem vários canais que sintonizam a hipocrisia e os sonhos alienantes. Jesus pode até voltar, mas o capeta nunca foi embora... e sabe qual o legado que o Filho de Deus deixou?! Bem, até ele foi traído e assassinado nessa terra... pense você um pouquinho e assine sua confissão pra continuar cumprindo sua pena de vida.

sexta-feira, maio 16, 2008

Campanha pela Redução de Trabalho, sem redução de salários

Abaixo-assinado circula também via internet. Clique aqui para acessar o link.

Nesta semana, a CUT intensifica a coleta de assinaturas da Campanha pela Redução de Trabalho, sem redução de salários. O abaixo-assinado circula em versão impressa em todo o Brasil desde janeiro deste ano, quando foi lançada a campanha juntamente com outras centrais sindicais. Agora, a coleta de assinaturas também está sendo feita via internet. Para assinar ou reproduzir o link, acesse o seguinte endereço: http://www.PetitionOnline.com/cut4025n/petition.html

Com a redução de apenas 4 horas da jornada semanal, além do número de vagas disponíveis no mercado aumentar, os trabalhadores (as) terão mais tempo livre para o descanso ou para o lazer, ou seja, haverá uma melhoria geral na qualidade de vida.

As assinaturas recolhidas serão entregue ao Congresso Nacional pela CUT e demais centrais no dia 29 de maio.

terça-feira, maio 06, 2008

Viajada Cultural Sampa 2008

Não pude ir à virada cultural este ano, mas algo chamou atenção na programação.
Cadê o RAP tiu?! Cadê os manos?!
Fecharam o esquema na gaiola do Pq. Dom Pedro. Fora do perimetro das outras atividades, colado no Rio Tamandoateí. Pra chegar lá tinha que ser guerreiro.
Isso pra mim tem nome: Segregação Social.
Ingênuos e coitados, é assim que me dirijo a tal Secretaria de Cultura da Cidade que se diz pólo cultural do país.
Ingênuos por que pensam que HIPHOP é estilo musical.
Ingênuos por que pensam que as manifestações culturais da plebe ainda precisam de "licença" da elite pra se manifestar. Talvez no quintal da elite sim, mas aí é outra idéia pra discutir.
Ingênuos por que pensam que a repressão do ano passado foi engolida pela população que sabe bem o que aconteceu na Praça da Sé
Coitados, pois a periferia e o Hip Hop não precisam dos palcos de luxo, não precisam da verba lapidada no caminho burocrático para seus projetos, muito menos de seus aplausos.
Coitados aqueles que não se atentaram ao Racismo exarcebado.
Coitada da elite que pensa que as cabeças do RAP não se ligaram.
Coitados dos filhotes da elite, acéfalos e solitários que brigam nas ruas e se matam para apenas ganhar um pouco de atenção, que a mamãe não deu. Ou alguém vai me dizer que não ouve confusão ou brigas no perimetro da Virada Cultural?

No "Panis et Circenis" moderno, uma parte da plebe não é bem vinda... curiosamente é a parte mais rude, mais escurinha dela. O povo feio que a elite tenta sempre esconder atrás do vidro fumê, do capacete do motoboy, nas cozinhas e banheiros, essa maioria invisível.

Depois o extremista guerrilheiro sou eu, mas tudo isso daria para estampar minha opinião cansada sobre o racismo brasileiro:

"Preto rico é branco e branco pobre é preto!"

Como diria o Mano Brown no surgimento do Racionais MC's:

"RACISTAS OU OTÁRIOS NOS DEIXEM EM PAZ, NOSSAS FAMILIAS POBRES NÃO AGUENTAM MAIS"

Divulguem! Querem acabar com o SESC

Desde qe me entendo por gente frequento as unidades dos Sesc em vários lugares e cidades diferentes. Se há algo que eu me orgulho como iniciativa pioneira, integra e valiosa da elite brasileira, esse é o único exemplo que me vem à mente.

http://www2.uol.com.br/mostra/31/p_jornal_565.shtml

Ao menos divulguem, por favor.

segunda-feira, maio 05, 2008

Colombia e Venezuela

Filhas de uma mesma nação, a de Bolívar, outrora única e chamada de Grande Colômbia, hoje se vêem como Colômbia e Venezuela.
Colômbia pobre, Venezuela rica.
De um lado o Petróleo, do outro a Cocaína.
Da fronteira pra lá a guerrilha das FARC, do outro Hugo Chávez.
Da fronteira pra cá Policia e Exercito financiados por El Diablo Bush, do outro lado comida e combustível subsidiado pelo governo.
Lá e cá é algo tão perto, mas são 1800 kilometros de fronteiras.
O próximo alvo eminente parece que já sofreu atentados em seu país.
Preste atenção do reality show Isabela e veja no que vai dar.
Por onde mesmo que entraram no Iraque?


Esquanto isso ouvia: Higher Ground (Stevie Wonder)

In This World

Ontem tive a oportunidade de ver o filme In This World, o qual trata sobre os campos de refugiados no paquistão. Jamal o protagonista, em sua trajetória nos mostra a bondade e a crueldade do mundo.
A bondade está muito mais próxima da miséria do que pensamos. Já a maldade, mãe da miséria, é sempre apoiada pelas ações dos senhores da guerra e presente em todas as esferas do poder, representadas pelas crueldades.
O filme nos faz refletir muito sobre as frustrações constantes que o mundo contemporâneo nos reserva, e o mais incrível é que as principais frustrações humanas residem nos sonhos que os mesmos hipócritas nos empurram goela abaixo.
Persistiremos sonhando com a paz, com a erradicação da miséria, com o amor, a compreensão e claro, com justiça (mais uma palavra que deveria ser abolida dos dicionários pelo mundo inteiro - por falta de significado).

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

O que você acha?

Santa e maldita internet. Um infinito de coisas conectadas, desnecessárias, revolucionárias, maravilhosas, desconexas, pecaminosas e até criminosas... um mundo sem volta! Tecnologia, comunicação e interação. Até parece que estou vendendo acesso à internet, mas não é... na TV à cabo acabo de ver a cobertura do evento Campus Party no Brasil. Tecnologia, internet, discussão, diversão e muitos links. Reflito eu sobre o virtual e o real. A utilidade por trás do "achismo", onde um cara acha que é robótica montar um kit de lego com motorzinho. Outro que acha revolucionário uma linguagem de programação em português. Havia até um que achava rebeldia jogar cartas (de papel mesmo!) na maior e mais veloz Lan House de Sampa. Sem contar aqueles que acaham que para ser Nerd basta ser esquisito. Mas falando em "achar", dava-se pra achar muita coisa lá, como DJs que nunca usaram discos. Os simuladores de vôo. Acho bem louca a idéia do evento. E achei pitoresca a discussão sobre a hostilidade da "impressa de redação" para com os blogueiros. Acho também um pecado misturarem as coisas.
Dizia o nick de um amigo no Instant Messaging: teoria é o nome científico para o "achismo". Acho eu que sim. Ache você o que quizer da virtualidade do mundo exibido pelos veículos tradicionais de mídia, na qual os violões se acham vítimas dos próprios crimes que cometem com o coletivo, acham que assim se podem representar e manipular. Achei legal o que citou um outro internauta quando diz que a coluna abaixo se refere ao tal partido político denominado PIG, Partido da Imprensa Golpista.... e no vislumbre científico do mundo paralelo virtual, novas e velhas guerras se tratavam com tais artifícios. Acham que ninguem percebe. Ache você o que achar. Mas o que acha meu amigo virtual Tom Zé, é que tudo o que fazemos é, intrinsicamente, exemplo. Ou seja, o que os outros ou você mesmo acha.

Pbs.: Achei melhor suprimir do texto que aquilo que não se acha no google, nem mesmo existe.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

C A N S E I





Cansei de rir com uma revista de setembro de 2007. Quando a peguei nas mãos pela primeira vez eu a joguei num canto e a releguei à poeira. Sua chamada de capa: "mais de mil palhaços no salão - cansei". Tudo propositalmente em caixa baixa. Mas trazia a opinião de muita gente sobre o assunto.
Bom cansei de rir, cansei de me indignar e diria que cansei de coisas como, mídia, direito ao preconceito, falta de assunto e discurso, de humor, do rumo acelerado à burrice global, desses movimentos ditos apoliticos, hipocrisia, infantilidade, imbelicização de massa e facultativo e de vergonha na cara de muita gente.... Pronto, todo mundo gosta de desabafar né? Que coisa mais tacanha.... Cansei de blogs com desabafos, hahahah
Você começou a ler isso pra saber o que penso sobre o "cansei das elites brancas"? Então continue e ficará cansado.

O "c", vou denominar assim, me faz pensar em muitas coisas, entre elas a realidade das atuais e futuras organizações sociais. Deixando de lado assim, a humanidade, o caracter amplo das mudanças à propósito das causas meramente grupais. As quais podem ser muito efetivas entre os sobreviventes das misérias provocadas pelo mundo velho, mas ao total desdém das causalidades genéricas de nossa pobreza e ignorância. Por ora justificado com a pluralidade das novas regiliões e ONGs que nascem a cada dia. Quem me conhece, já deve ter ouvido meu velho papo sobre o 'segregar para comunhar'. Talvez o sonho de todos viverem melhor possa sempre ser derrotado pelo vontade de poucos. Pra que salvar o mundo, mesmo?

A Democracia Ianque goela à baixo criou um modo de vida imediatista e egocentrista na cooptação de consumidores. Os grupos se criam aleatória e circunstacialmente em busca de seus imediatos objetivos em comum, a dinâmica natural que gera a sinergia entre tais grupos cria, por sua vez, a promiscuidade e a autodestruição. De tal forma, somos submetidos a ignorar o que acontece na esquina de casa para apenas nos preocupar com a nossa própria segurança. Não importa quem está do lado, não tenho compromisso com ninguém, não me relaciono com o mundo e não sei o que é melhor pra todos. O meu tá garantido, foda-se. A catequisazação consumista promovida pelo terror midiático causa a confusão entre o ser e o ter. Determinando o sucesso ou fracasso, individual e volátil, claro.

A globalização enquanto fenomeno midiático, permitiria uma revolução jamais imaginada pelos grandes líderes de todos os tempos, que em muitas vezes, foram mortos pelas mesmas dinastias que ainda hoje continuam lucrando com drogas, mercado financeiro, fé e armas.

Quem vive no colapso informativo, não enxerga a violência como um efeito e fica só torcendo o nariz. Ou ainda, alheio à informação, isento de culpa, imaginam que nunca CANSARÁ de correr atrás dos sonhos frustrantes dos ricos, vendidos em grifes e brilhos por propagandas tão pouco inteligente quanto os nazi que o fizeram outrora.

A prisão do capital a qual a maioria dos seres humanos está condenada, se sustenta na zona de conforto de sua própria segurança ilusória. Curvando-se moral e intelectualmente. Onde o soldo, digo salário, seria apenas uma das algemas. Muitos alienados cansados e preconceituosos, necessitam obviamente se dedicar a usurpar mais para poder garantir os serviço públicos do governo na iniciativa privada, saúde, educação, previdência. moradia, lazer e até acesso a informação.. hahahaha. Isso tudo custa dinheiro, muito dinheiro. E ainda, eles precisam pagar muitos impostos.

Precisaria eu ironizar? As grandes figuronas da "mobilização" foram a Hebe e a Sangalo!

Valor prático da pseudo-passeata dos palhaços no salão?

Eu ironizo agora ou falo sobre o tal preconceito?

Cansei de escr....

INDUSTRIA FOrNOGRAFICA

Comecei minha dieta midiática há algum tempo. Ela se baseia em balancear que o que pretendo consumir de informação, não o que querem que eu consuma, blábláblá. Parece simples, mas sem internet seria possível? A resposta é SIM. Mas a internet ajuda bastante, o youtube e o Tio Google Sabidão me dão algumas respostas.
Se eu sonho com o fim das emissoras, não, não sonho com isso. Mas que o Governo Federal deveria nunca mais renovar as concessões à Rede BOBO e seus afiliados, ah, isso sim!
Adoro música e consumo bastante, aos que pensam que sou apenas eclético, eu sempre digo que sou exigente apenas. E enquanto não há lançamentos de coisas novas e origianais, continuo garimpando as coisas mais velhas. Originalidade e criatividade são coisas em extinção no mundo abatido pelo aquecimento global de mercado, e se é isso que você também busca, minha dica é ir do contemporâneo para trás. Literatura e cinema idem!
Mas posso contar um segredo? Muitas coisas boas são de graça!

Hoje recebi uma newsletter de um dos Rappers pioneiros no Brasil, o qual respeito e admiro muito, e lá está bem claro, baixe meu novo CD gratuitamente e contribua com grana se assim quiser....

Agora é esperar chegar em casa pra baixar. O download não é rápido, mas a doação será feita na proporção do que eu curtir da obra. Falta só decidir o valor. Afinal, contribuir significa fazer parte de algo e não TER algo exclusivo (que remete à exclusão!).

Salve Rap Nacional!

Site do GOG -> http://www.gograpnacional.com.br


Copyleft, imagine se alguem tivesse a patente do fogo?