terça-feira, outubro 31, 2006

Novo disco do JAMIROQUAI!!!

Jamiroquai lançou novo single, entitulado Runaway, em 30 de outubro. É o principal single oferecido em seu novo album ‘High Times – Singles 1992 -2006’, uma coletânea de singles a qual contém 16 grandes hits da extraordinária carreira do Jamiroquai que aparece com duas novas músicas que serão lançadas pela Columbia Records no próximo dia 6 de novembro.
Uma fatia do clássico Jamiroquai, com o brilho e swing da disco music e um linha poderosa de baixo, ‘Runaway’ é a primeira das duas faixas inéditas neste primeira compilação de hits do Jamiroquai – a segunda faixa é o funk excêntrico, afiado e forte de "Radio" – mais uma vez prova que o Jamiroquai ainda não perdeu o gás.
São 15 anos desenvolvendo, e levando o ACID JAZZ ao Top 10 debut, a canção Too Young to Die, e a politicamente engajada Emergency On Planet Earth, e através dos principais hits globais tais como Cosmic Girl e Virtual Insanity, até o resplandecente estilo "disco" de Little L, Canned Heat e Love Foolosophy, batem em primeiro lugar esmagando com Deeper Underground.
High Times – A coletânea de singles é um oportuno lembrete da força e profundidade do portfolio Jamiroquai. Numa época que os albuns 'Greatest Hits’ significam até 4 ou 5 faixas inéditas (um monte de enche linguiça), o novo albúm atesta quanto tempo o tão apreciado Jamiroquai esteve no topo.
Depois de 159 semanas na lista de melhores singles Ingleses, 232 semanas listado com melhor álbum, mais the 20 milhoes de álbuns vendidos e cinco turnês mundiais – tocando para mais de 5 milhoes de pessoas em 38 paises – e mesmo já tendo faturado 5 MTV awards, o Grammy e o prêmio Ivor Novello, é correto dizer que, Jay Kay, com seus 37 anos de idade (popularmente conhecido com o Jamiroquai), é um dos 5 maiores músicos ingleses em número de venda de discos dos últimos 20 anos.

Uma edição especial do disco também estará disponível para os fãns, contendo vários remixes, incluindo o classico David Morales remix da música Space Cowboy. Um DVD de todos os vídeos já feitos pelo Jamiroquai (sacanagem... eu já tinha feito isso por conta própria) será lançado simultaneamente pela Columbia Records - que trará faixas extras e hits não incluídos no CD como ‘Stillness In Time’ e ‘Half The Man’
Além do seu investimento no mundo da música, Jay Kay também tem tido tempo para desenhar uma nova linha de roupas para a grife Hugo Boss chamada Jay Kay For Hugo, nas lojas no próximo outono.


Tracklists do CD, CD Special Edition e DVD seguem abaixo:

CD
-When you gonna learn
-Too Young To Die
-Blow Your Mind
-Emergency On Planet Earth
-Space Cowboy
-Virtual Insanity
-Cosmic girl
-Alright
-High Times
-Deeper underground
-Canned Heat
-Little L
-Love Foolosophy
-Corner of the earth
-Feels Just Like It Should
-Seven Days In Sunny June
-(Don't) Give Hate A Chance
-Runaway
-Radio

CD - Special Edition (including Bonus Remix CD)
-When you gonna learn
-Too Young To Die
-Blow Your Mind
-Emergency On Planet Earth
-Space Cowboy
-Virtual Insanity
-Cosmic girl
-Alright
-High Times
-Deeper underground
-Canned Heat
-Little L
-Love Foolosophy
-Corner of the earth
-Feels Just Like It Should
-Seven Days In Sunny June
-(Don't) Give Hate A Chance
-Runaway
-Radio

Bonus Remix CD
-Emergency On Planet Earth (Masters At Work Remix)
-Space Cowboy (David Morales)
-Love Foolosophy (Knee Deep Remix)
-Little L (Bob Sinclar Remix)
-Cosmic Girl (Tom Belton Remix)
-Dynamite (Phil Asher Remix)
-Seven Days In Sunny June (Ashley Beedle Remix)
-Virtual Insanity (Salaam Remi Remix)
-You Give Me Something (Blacksmith R&B Remix)
-Jamiroquai Supersonic (Restless Souls /Phil Asher Remix)

DVD
From the album Emergency On Planet Earth
-When You Gonna Learn
-Too Young To Die
-Blow your mind
-Emergency On Planet Earth
-If I Like It I Do It
From the album The Return Of The Space Cowboy
-Space Cowboy
-Half The Man
-Light Years
-Stillness In Time
From the album Travelling Without Moving
-Virtual Insanity
-Cosmic girl
-Alright
-High Times
From the album Synkronized
-Deeper underground
-Canned Heat
-Supersonic
-King For A Day
-Black Capricorn Day
From the album A Funk Odyssey
-Little L
-You Give Me Something
-Love Foolosophy
-Corner of the earth
From the album Dynamite
-Feels Just Like It Should
-Seven Days In Sunny June
-(Don't) Give Hate A Chance
Bonus Area (VIP area/Behind The Music Videos)
Making Of's for:
-Little L
-4 x 8 mins clips from Charlie Lightening
-Charlie Lightning Mini-Film


Assista ao Runaway Video


quinta-feira, outubro 26, 2006

Perguntar é mais fácil


O que você quer? Ricos governando em nome dos ricos, com falsas promessas para os pobres?
Continuidade de um governo vassalo dos estadunidenses?
Um governo que criminaliza os movimento sociais? Um governo que desmantela o patrimônio público pela privatização de empresas estatais?

Ou você prefere um ex-operário que acha que está governando pelos pobres, mas que continuará eternamente subordinado aos ricos?
Um governo que assopra as feridas do povo sem curá-las?
Um governo impotente com a máquina extorsiva do mercado globalizado?
Um governo que acredita na força do Estado sem abrir mão da dinâmica predatória anglo-saxônica?

Ou será que você sonha com um choque de gestão? Quem sabe com um bloco Sul-Americano revoluncionário, a patotinha do "conosco no se fodosco"?

Ou você sonha que seus filhos e netos um dia serão capazes de compreender os indices e gráficos exibidos pelos candidatos nos debates? Ou você espera simplesmente ter um salário melhor pra bancar a escola particular, o plano de saúde e o entretenimento dos seus filhos?

Você se dá conta das mudanças economicas ao comprar o arroz e feijão ou quando percebe o juros do cheque especial?

Já parou pra pensar sobre projeto ideológico?
Ou seus questionamentos não ultrapassam as suas necessidades particulares?

Alguma vez já discutiu política na sua casa com a sua família? Com seus vizinhos? Amigos? Se eu trocar a palavra "política" da pergunta por "Seleção Penta campeã", a sua respota inverte?

Qual importância a política tem na sua vida prática? Ou você só lembra que isso existe quando acaba a copa do mundo?

Você é do tipo que reclama, esbraveja, mas nunca tomou atitude alguma? Você compreende a relevância que seu voto tem? Você condena os protestos? Crê que os Sem-Terra, Sem-Teto, Se-PorraNenhuma é um bando de folgado?

Já botou na balança as possíveis mudanças que poderiam haver em cada cenário, ou seja, é possível supor como serão as coisas com o presidente A ou B ?

Já ponderou as mudanças que aconteceram nos ultimos 4 anos da sua vida? Já pensou em sair do país? Em comprar um celular com camera ou uma TV de plasma?

Ainda tem fé na ética jornalistica? Continua acreditando no JN e no Jabor? Na sua opinião o Jô Soares é um ícone da intelectualidade brasileira?

O que é mais importante? O tal dossiê ou a grana? Escândalos ou justiça aplicada?

Você seria feliz se não existisse copa do mundo, carnaval e dezenas de feriados por ano?

O estilo de vida estadunidense ainda de encanta? Pra você sucesso é dinheiro e consumo?

Você ainda tem fé em dias melhores?

Você aprendeu na escola o que significa democracia representativa republicana, sabe qual o papel de um presidente, senador, deputado? E o papel da mídia?

Você continuará se questionando na próxima semana, depois das apurações dos votos? Porque?

Então escolha o que é melhor para você, ou para a sua familia, ou para os seus amigos. Ou seja mais um sonhador, vote pelo bem comum, pela maioria, pelo futuro... E se te enganarem novamente? Ah...Você só terá tais respostas se entender como e por que te enganaram, e pra isso, a sua inércia precisa ser quebrada!


Hasta La Victoria, siempre!!!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Manifesto por uma Mídia Democrática e Independente

MANIFESTO POR UMA MIDIA DEMOCRÁTICA E INDEPENDE. O manifesto foi construido por alguns intelectuais brasileiros e denuncia, com base nos dados do Observatório Brasileiro de Midia para a última semana da campanha eleitoral, o comportamento da grande mídia. A assinatura é online e contamos, em apenas dois dias úteis após o lançamento do manifesto, já com mais de 250 asssinaturas, e alguns nomes importantes no cenário intelectual do país, como a professora Regina LInhares, do coneselho federal de educação e da UNB, o professor titular Giuseppe Cocco da UFRJ, a professora livre docente Walquiria Leão da Unicamp, além de muitos outros nomes. Esperamos contar com o apoio de vocês para divulgação. O link é:
O manifesto foi traduzido para o francês e o inglês para divulgação no exterior.

Fonte: Lista cmi-campinas
cmi-campinas@lists.indymedia.org
http://lists.indymedia.org/mailman/listinfo/cmi-campinas

TEOLOGIA DO ÓDIO

O CAFAJESTE X O TOLO

Um exame histórico-religioso da farsa do século no Brasil


Uma armadilha... Nestes anos em que se chocou o ovo da serpente, os brasileiros foram convencidos a acreditar que Geraldo Alckmin fosse apenas um moço tímido do interior, meio tolo, mas de boa índole.

A história do "picolé de chuchu", comprada inocentemente pelas esquerdas, emprestou consistência à tese.

Do ponto da luta pelo poder, a estratégia dos setores reacionários sempre tem sido clara no sentido de arrebanhar adesões nos segmentos "médios" do eleitorado, mais especificamente no centro do espectro político. Para isso, fugiram da tentação ao explícito: evitaram a candidatura majoritária de um Bornhausen, de um ACM ou de um Coronel Ubiratan.

Interessava à direita que seu candidato não tivesse o semblante sotuno de outros cascas grossas descendentes da Casa Grande.

Então, encontrou-se um espécime ideal. A máscara de ingênuo abobado ocultava perfeitamente o político autoritário, tão perigoso quanto dissimulado, aquilo que a experiência nos permite chamar de cafajeste.

Sua formação na família apresenta indícios claros de sua natureza. Ali, recebeu as piores lições. O pai, além do carolismo tradicionalista, empenhou-se como entusiasta da União Democrática Nacional (UDN), o partido golpista que sempre combateu qualquer empreendimento público humanizador ou de divisão da riqueza.

A formação política de Geraldo, no entanto, muito se deve a José Geraldo Rodrigues de Alckmin, que serviu como ministro do Supremo Tribunal Federal, indicado pelo presidente Emílio Garratazu Médici. Nessa época, o Estado patrocinava torturas, estupros e assassinatos, com a justificativa de livrar o Brasil da ameaça do comunismo. Rodrigues de Alckmin emprestava total solidariedade aos organismos de repressão. Dizia publicamente que as ações "corretivas" eram necessárias para preservar o traço católico e "anti-esquerdista" da sociedade brasileira.


Tortura como diversão

Na época, a corja de defensores da tradição se divertia em sessões promovidas pela Oban (Operação Bandeirante), em São Paulo, nas quais não faltavam bordoadas, afogamentos e choques elétricos. Entre os amigos de Rodrigues de Alckmin, destacava o industrial Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragás, e um dos financiadores da Oban. A pesquisa histórica revela que um dos equipamentos de tortura fora batizado de "Boilesen", em homenagem ao entusiasta dos rituais sádicos da repressão.

Boilesen, eliminado em 1971 por guerrilheiros da ALN, tinha em Rodrigues de Alckmin um amigo fiel, que o tratava como um menino sapeca. Outro parceiro era Theobaldo de Nigris, então presidente da Fiesp, que franqueava a entidade para os encontros de Boilesen com outros empresários.


O moço de Pinda e o terror justificado

Pode-se imaginar como o moço quieto do Vale do Paraíba se adaptou a essa práxis política. Certamente, entretanto, é necessário um olhar para a história, mais precisamente para a história da religião.

Todo o comportamento das seitas fundamentalistas latinas, do Opus Dei à TFP, tem raízes na Inquisição tardia praticada no mundo ibérico.

Há um nome que alinhava todas essas influências ancestrais. Trata-se do espanhol Tomás de Torquemada, o Inquisidor Geral do século 15. Conhecido pelo fanatismo e pela crueldade, o dominicano defendeu a ferro e fogo a "doutrina" da fé.

Em quinze anos à frente da Inquisição Espanhola, estabeleceu duas dúzias de Tribunais do Santo Ofício. Sua ação tocou a vida particular de cada indivíduo. Deter a posse de um livro escrito em árabe, desenhar um castiçal judeu ou tomar banho podiam render uma prisão, dias de tortura e uma execução. Os historiadores estimam que Torquemada comandou os assassinatos de 30 mil pessoas, especialmente na fogueira. Tudo em defesa da unidade da Igreja e pureza da fé.


Ética relativa e doutrina fascista

Acredita-se ingenuamente que as vilanias oficiais de Torquemada estejam restritas ao reinado de Isabel e Fernando. Nada mais equivocado. As tiranias do monge foram inspiração para a recomposição de vários movimentos católicos conseradores e fascistas que desencadearam a Guerra Civil Espanhola.

Assim, como pregava Torquemada, muitos sacerdotes espanhóis da década de 30 exigiam uma "limpeza" do país. Por isso, consentiam e estimulavam a prática da tortura e da eliminação física dos "hereges", fossem eles anarquistas, pacífistas, comunistas ou imigrantes de outras confissões religiosas. Os "subversivos" eram duramente perseguidos. O poeta Garcia Lorca foi executado com um tiro na cabeça. Pablo Picasso teve de exilar-se na Espanha, pois a ele reservava-se igual destino.


Opus Dei no poder: fanatismo e agressão

Ainda que considerasse importante o "expurgo" e a "filtragem", o monsenhor Escrivá, fundador do Opus Dei, desenhou uma imagem pública "civilizada" de sua seita, ainda que a violência física estivesse cotidianamente presente nos rituais de contrição e outros exercícios preparatórios.

Internamente, há inúmeros relatos de sessões de tortura psicológica e até física de membros do Opus Dei. Um caso célebre é de Gladys, uma funcionária da assessoria central do movimento, acusada de vazar segredos sobre as práticas do grupo.

Vale relembrar a ordem de Escrivá em relação à funcionária, reproduzida em vários livros:

- Cójanla después, levántenle las faldas, bájenle las bragas y denla en el culo, en el culo!!, hasta que hable. Háganla hablar!!


A Espanha do atraso

Condenada ao breu da consciência, a Espanha do radicalismo católico permitiu frutificar também uma cultura fascista, falangista e de horror à diferença de pensamento. Entre 1939 e o final da década de 60, o país passou por período de total estagnação econômica e de obscurantismo no campo das ciências naturais e da cultura.

Interessante saber que a partir da década de 60, com o enfraquecimento do Estado, o Opus Dei se converte na tábua de salvação do ditador Francisco Franco. Mas como? Havia anos, a seita tratara de cooptar algumas das melhores cabeças do país, homens e mulheres que se destacassem em seus setores de atividade. Os primeiros da classe estavam sempre na mira dos head-hunters do movimento.

Nessa época, Franco nomeia vários membros do Opus Dei como ministros. Esses colaboradores foram apelidados de "tecnocratas", por aprofundar o traço capitalista da economia e exterminar os antigos processos cooperativos nas pequenas comunidades. Essa tecnocracia voraz diminuiu sensivelmente o poder das correntes falangistas e carlistas no governo. O Opus Dei focou suas atividades principalmente nos colégios e universidades.

Até recentemente, inúmeros membros do governo espanhol estavam ligados ao Opus Dei. É o caso do fiscal geral do Estado, Jesus Cardenal. Em 2002, durante a canonização de Escrivá, estavam presentes no Vaticano o ministro da Defesa, Federico Trillo, a ministra de Assuntos Exteriores, Ana Palácio e o ministro da Justiça, José Maria Michavila.


Sectarismo espanhol para o mundo

Há anos, o Opus Dei desenvolveu um lento e eficaz trabalho de cooptação em vários países, especialmente na América Latina. Dezenas de jornalistas brasileiros, por exemplo, foram levados à Universidade de Navarra pelas mãos de Carlos Alberto Di Franco, membro ativo da organização, atualmente no controle extra-oficial do jornal O Estado de S. Paulo.

Di Franco é também uma espécie de preceptor de Geraldo Alckmin, a quem ministra aulas de teologia, prática religiosa, ação política e estratégia de propaganda.

No continente, o Opus Dei controla inúmeros outros veículos de comunicação e dioceses. É o caso do Peru. O cardeal arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani Thorne é membro ativo do Opus Dei. Grande número de profissionais peruanos são formados de acordo com a doutrina do Opus Dei numa de suas mais conceituadas instituições escolares, a Universidade de Piura.

Sabe-se que o Opus Dei tem outros dois importantes políticos latinoamericanos em suas fileiras. Um deles é o presidente colombiano, Álvaro Uribe. O outro é Joaquím Lavin, líder da direita chilena. Mas não há limite para a influência do movimento. Recentemente, a ministra da educação do Reino Unido, Ruth Kelly, admitiu que pertence à Opus Dei.


As técnicas da Teologia do Ódio

Antigos numerários do Opus Dei sabem que a seita concorda em que "os fins justificam os meios". Dessa forma, mentir, por exemplo, é um pecado perdoado se a finalidade for considerada nobre. É o que justifica, por exemplo, em O Código Da Vinci, as vilanias do assassino Silas.

Entre as práticas de propaganda do Opus Dei, há quatro que se manifestam claramente na campanha presidencial brasileira.

1) Acusar repetidamente, sem descanso, o adversário, de modo a desqualificá-lo para o debate.

2) Apelar ao senso comum, de modo que a crítica pareça sempre palatável, ainda que seja necessário recorrer a figuras de linguagem e à hipérbole nos exemplos.

3) Expor repetidamente o "demônio" que se oculta no adversário, de modo a fazer brotar nas gentes comuns a ameaça a seus valores tradicionais e à estabilidade de suas vidas.

4) Criminalizar os ímpios publicamente, destacando no discurso somente aquilo que serve, de modo prático, à recuperação do poder, segundo os cânones da verdadeira doutrina da fé.

Não por acaso, a cartilha da "geração de conflitos" vem sendo seguida à risca pela oposição de direita espanhola, pelo colombiano Uribe e, de maneira escancarada, pelo candidato do PSDB à presidência do Brasil, Geraldo Alckmin.

Sabe-se do encontro de mais de três horas entre Carlos Alberto Di Franco e Geraldo Alckmin, dois dias antes do debate na Rede Bandeirantes. Pode-se acreditar que algo do comportamento do candidato se deve ao avivamento dessa missão estratégica.

1) Houve intenso trabalho de desqualificação do adversário. Mesmo quando Alckmin era desrespeitoso, fazia questão de distorcer a realidade, acusando o oponente da infração que cometia.

2) Ao dirigir-se diretamente ao eleitor, Alckmin reavivava preconceitos e a idéia da realidade degradada, como se houvesse iminente ameaça aos brasileiros, como se a realidade estivesse inapelavelmente contaminada pela sabotagem dos hereges. As mentiras sobre "geração de energia", "aerolula", "educação em São Paulo" e "questão do emprego" foram repetidas inúmeras vezes, de modo que se convertessem em verdades.

3) O discurso hipócrita e moralista da "corrupção" foi empregado para colar à imagem do oponente os piores atributos.

4) A questão programática foi escamoteada. O rito jurídico foi desprezado. Acendeu-se a fogueira. Pessoas foram condenadas sumariamente, recuperando-se na dissimulação elegante o mesmo discurso inquisitório de Torquemada.

Este do debate é o Alckmin religiosa e obedientemente cafajeste, o que revela finalmente a maldade tirânica dos que manipulam a realidade em nome de um projeto de poder. A missão dos Giordanos Brunos, dos Picassos e dos Lorcas de hoje é desmascarar esse falso anjo tolo. Que seja agora.



Mauro Carrara



Mauro Carrara é jornalista, nascido em 1939, no Brás, em São Paulo. É o segundo filho de Giuseppe Carrara, professor de Filosofia em Bologna, e de Grazia Benedetti, uma operária e militante comunista de Nápoli. O casal chegou ao Brasil em 1934, fugindo da perseguição fascista. Mauro foi para a Itália em 1959, por sugestão do amigo dramaturgo G. Guarnieri. Em Firenze, estudou arte, ciências sociais e comunicação. De volta ao Brasil, passou dois anos na Amazônia. Ao atuar na defesa dos povos indígenas, foi preso pelo regime militar. Libertado, voltou à Itália. Como free-lancer, produziu reportagens para jornais como L'Unita e Il Manifesto. Com o primo Antonino, esteve no Vietnã, no início da década de 70. Em 1973, no Chile, juntou-se à resistência ao golpe contra Allende. No Brasil, como clandestino, aproximou-se do cartunista Henfil, cujos trabalhos traduziu para uma revista alternativa italiana. Na década de 80, prestou serviços para a ONU em países como China, Iraque e Marrocos. Nos anos 90, assessorou ONGs brasileiras, especialmente na área de Direitos Humanos. Cidadão do mundo, atua na área de comunicação e relações internacionais.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Bye Bye Dick Vigarista


Nem mesmo os mirabolantes eventos recentes do autódromo de Interlagos foram capazes de transformar o Dick Vigarista em OCTA Campeão. Nem chuvas repentinas, nem placas voadoras, nem poças d' água ou falta de combustível do parceiro.

E para espanto completo da nação, minhas profecias automobilísticas se cumprem, sim é o Massa o pole-position e vencedor do ultimo GP da temporada 2006.

Até ontem às 14hs eu questionava sobre: A probabilidade do Schummy ser OCTA é a mesma de o São Paulo "não" ser campeão Brasileiro este ano. Possível, porém... Nada fácil desta vez...

Justiça seja feita à minha bola de cristal, depois do podium, começou o jogo do Tricolor com gol em menos de 2 minutos de jogo. Heheheh.

Até o mau caráter-mor, Sr. Jean Leite com Toddy ficou de queixo caído pelo humilde brasileirinho que o fará ganhar mais alguns milhões de dólares... ooopss EURO$... substituindo o Hexa (competente, porém ordinário) Michael Schumacher.

O destino do Dick Vigarista está definido. Adeus simpaticíssimo Sr. Schumacher. Vá com Deus, e vá devagar, ou o seu pneu pode furar.

Orgulho brasileiro é isso... Seja nas pistas ou na novela, Felipe Massa ou Massafera...

Nem tão ironicamente, I'm very proud!

Tá com sede?! Bebeu água?!

Um oficial da Agência Latino Americana de Notícias no ultimo dia 13 de outubro, noticiou a intenção da família Bush de comprar o Acuifero Guarani, mesmo sendo um péssimo sinal para os governos da rego.

O Acuifero Guarani é um dos maiores reservatórios de agua potável subterraneo do mundo! Situado em áreas subterraneas da Bolivia, Brazil, Paraguai e Uruguai, estima-se que o total de agua povel chegue a 37,000 km³, os quais seriam capazes de sustentar a necessidade mundial de agua potável por 200 anos.

Luis D Elia, Subsecretário para o Social Habitat no Minitério de Planejamento Federal da Argentina, soltou uma carta parcialmente reproduzida pela INFOBAE.com digital, na qual ele falou da compra feita por Bush de 98,842-acres no norte do Paraguay, entre Brasil e Bolivia.

A notícia circulou quinta-feira em mídias não-officiais em Asuncion, Paraguay.

D Elia considerou esta ação de Bush contraproducente para com o poder regional expresso pelos Presidentes Nestor Kirchner, Luiz Inacio Lula da Silva, Evo Morales, Hugo Chavez e Fidel Castro.

Ele disse que um mal signal que a familia Bush venha fazendo negócios com recursos naturais ligados ao futuro do MERCOSUR. O oficial apontou que essa situação pode causar conflitos hipotéticos com todos os exercitos da região e chamou a atenção para o hábito da familia Bush de associar negócios e política.


Fonte:PRENSA LATINA "Latin American News Agency" - Artigo: Bush Buys Land in Northern Paraguay

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terça-feira, outubro 17, 2006

Miséria

Você tem medo de quê? Da morte? Da guerra? De desastres? De tragédias?

Direi do que tenho medo....

Temo gerar filhos que terão suas vidas interrompidas à bala antes de completar a maioridade.

Receio de ter de contar com o SUS.

Tenho receio de ser surpreendido pela ROTA durante a madrugada.

Tenho medo de me contaminar com o veneno da mídia viciada.

Tenho pavor do racismo, da ignorância e da prepotência.

Tenho cangaço de ser mais um analfabeto, com menos de 30 anos, que separa os vidros, urina, e outros objetos contundentes usados pelos agentes carcerários no "recheio" da minha marmita, ou ainda, de ficar aidético ao ser mordido pelos cães da CHOQUE na próxima rebelião.

Cago de medo ao lembrar que trabalharei a vida toda e um dia estarei na fila do INSS.

Gélo só de pensar que poderia ser eu o ignorado pelos vidros “fumê” da prepotência nos semáforos das grandes cidades.

Fico apavorado de pensar em quantas crianças ainda passarão a adolescência internos na febem.

Fico aflito ao pensar que algum bandido fardado pode me plantar um flagrante durante uma "dura".

Tenho pavor a mentiras, promessas e discursos inflamados ou de acabar acreditando em tudo isso.

Tremo ao pensar que meu povo pode continuar sendo roubado, pelos mesmos canalhas, por mais 500 anos.

Suo frio de pensar que ainda estamos longe de mudar tudo isso.

Além de tudo isso, o que tenho mais medo neste mundo, é a tal da miséria...

Seja a miséria que nos coloca nestes cenários hostis, ou mesmo da miséria dos privilegiados que só olham pro próprio umbigo.

Tenho muito medo da miséria, mas não tenho medo da pobreza, de pagar altos impostos, nem de ser outro beneficiário do bolsa família.

Mas me incomoda muito, o medo que algumas pessoas tem de reavaliar seus preconceitos, e sua própria ignorância ao julgar os frutos da miséria.

Não citarei nomes, não profetizarei o inevitável resultado das cartas marcadas, e não induzirei ou intimarei (nunca) ninguém a acreditar na minha opinião, nos meus medos ou na minha bandeira.

Deveríamos ter medo do povo massacrado, chutado, cuspido e humilhado. Povo este que, não é de hoje, representa a maioria. Deveríamos ter medo deste povo descobrir a palavra união. Deveríamos ter medo que eles cobrassem o que lhes é de direito...

Furação, terremoto, bomba nuclear, falta de água potável, guerra, peste, armas químicas, maremotos, aquecimento terrestre.... Nada disso é tão assustador quanto a miséria. Ela me assusta porque ela te coloca em um dos dois lados. Como a vítima ou o culpado dela, não há como escapar.

E você? De que lado está?

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segunda-feira, outubro 16, 2006

Como dominar o mundo?!



McDonalds distribui 10 mil toca-MP3 com spyware no Japão

A rede de lanchonetes norte-americana McDonalds recolheu milhares de toca-MP3 que havia dado a clientes como brinde no Japão. O aparelho, que chegava às mãos dos consumidores com dez músicas, estava contaminado com uma variante do spyware QQpass.

Segundo informações da empresa antivírus Symantec, O QQPass é um cavalo de Tróia capaz de roubar nomes de usuário e senhas do programa de mensagens instantâneas QQ, muito comum na Ásia, em especial na China.

O McDonalds japonês pediu desculpas e criou um telefone de ajuda para os clientes trocarem os aparelhos contaminados. Um comunicado em japonês também explica como descontaminar o PC.

Pelo menos 10 mil clientes do McDonalds ganharam o toca-MP3 depois de comprar um refrigerante grande nas lojas da rede no Japão e enviar um número de série impresso no copo para a loja. Segundo o site britânico The Register, a promoção era patrocinada pelo McDonalds e pela Coca-cola.

Assim que conectavam o aparelho ao PC, os ganhadores da promoção eram expostos ao QQPass. As causas da infecção não foram esclarecidas pelo McDonalds, mas a causa mais provável é a infecção do computador de onde o conteúdo dos toca-MP3 foi copiado.


FONTE: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2006/10/16/ult2870u132.jhtm

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Monumental

Um certo dia eu fui tomar umas cervejas com um amigo. Ele estava passando por momentos díficeis em sua vida conjugal. E lá estava eu com o ombro disponível para o amigo.
Eu nem me lembro mais qual foi o problema que ele tinha, só sei que ele está bem com a patroa e parece que aquela fase passou.

O que não parou de ecoar na minha cabeça foi uma frase dele:

"- Vagina deveria existir em postes no meio da rua, assim a vida do bixo homem não seria tão díficil"...

Concordando com o comentário ou não, eis que a idéia dele ecoou pelo mundo e um artista realizou a façanha.

Vingança!

Acho que o Ronaldo entendeu o significado de "DAR A OUTRA FACE" como "Dar na outra face"!















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quinta-feira, outubro 12, 2006

Corrente da contra-mão

Na contra-mão dos meus amigos que continuam a arrotar comentários midiáticos, cá estou eu oferecendo alguns artigos sobre o candidato Geraldo Alckmin.
Mas se você não gosta, ou não se interessa em ler, continue repetindo os dizeres das capas da Veja e os comentários do Jabor e do super intelectual Jôzinho Soares.

Eu é que não sei de nada....
http://www.youtube.com/watch?v=vsRynm18_Eg

Daslu: cadê a filha do Alckmin?
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/09/daslu-cad-filha-do-alckmin.html

A política anti-social de Alckmin
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/10/poltica-anti-social-de-alckmin.html

''Desaparece'' o site de ONG que teria feito caixa 2 para Alckmin
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/10/desaparece-o-site-de-ong-que-teria.html

Alckmin: o candidato do Opus Dei
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/10/alckmin-o-candidato-do-opus-dei.html

Frias: da tortura ao golpe midiático
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/09/frias-da-tortura-ao-golpe-miditico.html

O editor-chefe considera o obtuso pai dos Simpsons como o espectador padrão do Jornal Nacional
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/09/o-editor-chefe-considera-o-obtuso-pai.html

Brasil - Mobilização popular contra o golpe
http://brigadasinternacionais.blogspot.com/2006/10/brasil-mobilizao-popular-contra-o.html

VIDEO PROIBIDO NO BRASIL
Muito Além do Cidadão Kane
Assista na Internet: http://video.google.com/videoplay?docid=-570340003958234038


Família Roberto Marinho:
http://www.consciencia.net/citacoes/marinho.html

A História Obscura da Rede Globo:
http://www.fazendomedia.com/globo40/globo40.htm

movimento passe livre.
http://freedompasselivre.blogspot.com/

Michel Foucault sua inteligençia simplesmente não conheçe limite,e a coisa mais libertaria que existe.
http://www.klepsidra.net/klepsidra12/foucault.html

vídeos Michel Foucault
http://www.youtube.com/watch?v=_VjrKPa9GaM
http://www.youtube.com/watch?v=MhouPo1JgG0
http://www.youtube.com/watch?v=phRibrhsmsw

passe livre floripa
http://mplfloripa.blogspot.com/

zapatistas
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o maior site ativista do mundo
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quarta-feira, outubro 11, 2006

Registro de vácuo histórico.

Perdoe-me historiador do futuro, receio que este relato nunca seja visto. Mas a responsabilidade de não tentar seria pior.

Minha vida começou no primeiro ano da década de oitenta, ainda século vinte. O cenário é o Brasil, utilizando o zoom-in no mapa daquilo que um dia foi o meu país, você encontrará o estado de São Paulo, ampliando mais você chegará na capital, cuja cidade é representada pelo mesmo nome, afinal a pobreza, a miséria e os contrastes são iguais. Na ultima escala do zoom, é possível enxergar milhares de casas amontoadas, ruas de terra, morros, desocupados, vilas, quebradas, bocadas, favelas, e muita desesperança. É bem ali que eu nasci.

Brinquei na rua, andei descalço, pulei no telhado dos vizinhos e soltei pipas. Vi gente matando, gente morrendo, gente chorando, gente com ódio, gente de bem, gente cansada, vilões e heróis, às vezes ambos num mesmo corpo. Ouvi histórias que não se tratavam do bem contra o mal, mas havia guerra, sangue e ódio. Na periferia, só quem está envolvido na história sabe quem realmente é o mocinho e quem é o bandido, pois ambos roubam, ambos matam, ambos morrem. Só o enredo que muda, o fim é sempre igual.

Ainda criança aprendi o valor do trabalho, a necessidade de sobreviver. Ainda criança pude compreender que a pobreza é diferente da miséria. Que o mundo é dividido em dois, os russos e os americanos. Ainda criança assisti a um país paralisado com a morte do primeiro presidente eleito antes de sua posse. O grito abafado. Era o fim da ditadura. Abafado, porém ressonante. Para baixo dos tapetes todo o lixo criminoso dos militares. Anistia vendida como o retorno dos filhos pródigos escondia a barbárie da absolvição dos agentes do inferno instaurados na terra.

Ainda nessa época, desceram a marreta num muro gigante que havia em Berlim, me parece que foi algo muito importante para o mundo, então o mundo passou a ser um só, dominando apenas pelo mal.

Depois disso, vi minha família se distanciar da pobreza e um segundo presidente ser eleito e em seguida escarrado do cargo. Ainda era criança mas compreendi como funciona a máquina da mídia e das campanhas eleitorais. Já parou pra pensar quanto custam as campanhas?

A distancia da pobreza funcionou como um elástico, à medida que nos distanciávamos ficavámos mais vulneráveis e quando o plano Collor soltou o elástico, lá estava minha família na lama. Pude compartilhar de cada sentimento horrível que meus pais enfrentaram.

Nada disso trabalhou meu senso crítico de forma a me fazer odiar a Xuxa Menegel e o que as suas Paquitas representavam. Eu apenas tinha inveja daquele café da manhã, esnobe, esfregado na minha cara.

Conforme o tempo ia passando, fui absorvendo mais e mais histórias de gente se matando. Pessoas parecidas, com as mesmas dificuldades e realidades, se matando entre si. Mero exercício dos pecados humanos, sem resultado prático nenhum. Mas os homicídios na periferia também possuem uma função pedagógica, eles te preparam para aceitar melhor as perdas e os milhares de obstáculos que teríamos pela vida. E a incerteza do amanhã.

Minha maior obrigação até me compreender no mundo era estudar, criar um diferencial. Não ser melhor que meus vizinhos. Apenas sonhar e mudar esse destino.Torcia o nariz e ia para os cursos gratuitos da paróquia do bairro. Aprendi geopolítica antes de saber que a palavra existia, eram três conduções para ir e três para voltar. Eis um dos preços do ensino profissionalizante de qualidade oferecido pelo Estado.

Até chegar a faculdade, aprendi muito (na prática), sobre os abismos sociais e seus mecanismos para manutenção da elite mesquinha.

Os meus poucos ídolos foram morrendo, as verdades ficando raras, a esperança consumindo o povo. Demagogos brigando pelo controle das riquezas que geramos. Os gringos querendo a Amazônia, os Mulçumanos resistindo. O papa falando asneiras. Os livros perdendo importância, as crianças com fome. Os adultos sem alma. A temperatura global subindo. Os maníacos Yankes decidindo o certo e o errado. O que é de Deus e o que não é.

Olhe atentamente no seu mapa (zoom-in), eu sou apenas mais um. Trabalhando para garantir o lucro dos Yankes de um lado, sustentando a máquina política patética pagando impostos escabrosos do outro. E ainda me obrigam a escolher alguém para representar o papel de governante do caos. Como um filme de terror. E eu tenho que ter essa tal opnião.

Nessa minha geração, não criamos nada, raramente copiamos, e copiamos errado ou copiamos os erros. Nem artes, nem obras, nem revoluções, nem reforma agrária, nem distribuição de riquezas, nada e absolutamente nada. Minha geração congelou com suas grifes e consumo.

Tudo que sabemos fazer bem é destruir, matar, e favorecer-se. Essa é minha história, talvez um pouco diferente da história de muitos que nem aqui chegaram, que foram parados à bala, cadeia ou desgosto. Neste meu mundo, da minha geração, não existem heróis, todos são bandidos, todos são culpados. Todos estão calados. É não é só no meu bairro, na minha cidade, no meu país. É com pesar que me considero cidadão do mundo.