quarta-feira, junho 20, 2007

A Paris veste prada...

Sabe aquelas viagens mentais que fazemos e nunca contamos pra ninguém? Pois é, eu tenho as minhas, e algumas eu ponho aqui... Outras são tão lúdicas que não tenho coragem suficiente. Uma viajem que tive ontem foi sobre esses papos de quando Deus voltar, blá blá blá. Aí minha fértil mente de uva passa entrou em colapso. Há um bom tempo atrás li Santa Puta Redentora, era uma história de um garoto que dominou o mundo através do marketing e mídia, o qual no decorrer de várias reencarnações já havia sido Hitler, Napoleão, e que na verdade era o Anjo que um dia resolveu que superaria DEUS, ele mesmo, Lúcifer. Mas desta vez esse espírito encarnado em nossa geração como um menino prodígio, apaixonado por sua prima-irmã, que por sua vez, era a reencarnação de Cristo, na paranóia delirante do autor, o amor venceu o Diabo. Putz, bem louco, e daí?

E daí que eu já me questionei várias vezes sobre o bem e o mal, Deus e Diabo.
Minha indignação política muitas vezes me fez pensar tal como o CHAVITO, achando que o emissário do Diabo ou ele em carne e osso seria o Bushinho... pois é, nem sempre... Vou explicar.

O diabo é astuto, possui disfarces, é encantador, sacana e cruel... Isso poderia apontar para o líder do Império, mas não. O Diabo é bem mais interessante que isso, e com certeza ele iria provocar o mundo ou a psique de cada um em suas fraquezas.

Eu mesmo se fosse o diabo, não viria na pele se um sujeito feio, intragável e que muitas vezes parece não saber porque faz merda atrás de merda ou mesmo que está fazendo, completo sem noção. Talvez eu viesse à Terra disfarçado de mulher, gostosona claro, iria causar Inveja em muita gente, a Ira em outros, seria desejado, idolatrado, rico, arrogante, excêntrico, e assim por diante.

Siga meu pobre raciocínio. Pense nessa figura da foto (dentro do carro!), ela conseguiu ser uma das pessoas mais famosa do mundo. Como? Ela não recebeu prêmio Nobel, Gremmy, Oscar, nem medalhas, tentou ser atriz, cantora, mas nem toda a grana da Dinastia HILTON pôde ajudar. E seu verdadeiro talento mesmo é a futilidade, é "causar". Ela simplesmente trabalha muito o sua própria imagem, ama o espelho e o som de sua própria voz. Com seus escândalos e excentricidades criou um império com seus produtos (perfumes e roupas pra cachorro) cuja marca é seu próprio nome. Sem esquecer que ela é recordista mundial de buscas no google (cartegoria celebridades), perdendo só pra sua amiga cantora Britney Spears. Ela se tornou um ícone, um ícone da luxúria, avareza, vaidade e tudo regado à muito egocentrismo. Parece tudo muito redundante, mas se alguns pensam em odiá-la, eu penso de outra forma. Penso que ela conseguiu mostrar para o mundo as verdadeiras causas das desgraças humanas. Fome, guerra, aquecimento global, etc são apenas efeitos dessas coisas que regram as mentes daqueles que detêm o poder, são essas idéias que hoje catequizam os jovens a pensar apenas no próprio umbigo, penso que ela representa tudo aquilo que precisamos repensar ou exorcizar em nós mesmos. Afinal ela simboliza o "sucesso"...


P.S.: Queria ver ela cumprindo pena na detenção feminina de Sampa, lá no cebolão.... Talvez nem o verdadeiro diabo merecesse isso, mas quem disse que sou bonzinho.

sexta-feira, junho 15, 2007

Attitude


Pensei em milhares de títulos para ter um mote ou um ínicio, não deu.

Killing me softly ? Bah... não curto o óbvio
Everything is Everything? Não, nem sempre! E quer saber porque? Nelson Motta é o caralho, Patricia Marx é a cabeça do caralho e Super Jazz é a gonorréia do caralho. Fuderam com Tim Maia Racional, Cypress Hill, Erika Baduh, Public Enemy, numa nóia narcizista que, na moral, fecha por aqui, não merecem ser lembrados, foda-se.
Lauryn SIL ? Nem sei se é assim que se escreve, depois a Jana me corrige. Outro ponto a ignorar, a produção do evento, cômico aquele telão que melhorou muito a vida de quem pegou estrada e ficou de pé das 7:30 as 11:30 esperando o começo do show.
Lauryn Sá ou Sandra Hill ? Pois é, seria leviano roubar idéia alheia. Que visual da Lauryn, que energia, não dá pra imaginar quantos filhos ela tem. Ainda mais por que essa idéia me leva a lembrar do fracasso do show de abertura, que nos levaria a uma escolha complicada. Naturalmente me veio um lance que deixa a escolha menos penosa. As nossas negras. Sandra de Sá, Luciana Melo, Paula Lima, Elza Soares, Negra Li, tantas e tantas e a minha opinião pessoal... gostaria de ver lá a Nega Gizza, mulher do morro, mulher dos movimentos sociais, de confronto, de idéia, de ATITUDE. Queria ver o choque com o público.
Outro título que pensei : IS FUNNY HOW MONEY CHANGE A SITUATION ! Afinal 8 onças num ingresso beira à extorsão e pra variar limita a cultura.
Pra explicar o ínicio do show, o título seria READY OR NOT , o palco era pequeno pra rapaziada dela: Um DJ (show à parte), Baixo, backing vocals AFRICA REPRESENT, percussão, mega power batera, metais, contra-baixo (sim! outro, 6 cordas), tecladista, piano de calda, foi o que consegui ver.

E finalmente, o título ATTITUDE recebeu o maior numero de ligaçoes no 0300, o primeiro motivo é o que o show tem, muita atitude, que transborda da artista, mãe e humana Lauryn Hill e sua banda no palco. O show começou com a banda fazendo uma performance PshicoHeavyCoreFunk, uau!!! Quando a Lauryn entrou, não sabia se era um misto de Zack De la Rocha com Bob Marley e Pschico Mike... MANO!!!... um murro na cara. Muito improviso, muita música de primeira, e ela ainda fez aquela massa cansada e massacrada pular muito. Até quem não conhecia Fugees pirou .... que louco, estou surdo e anestesiado, como digo sempre, de alma lavada, de boa, se liga só no set list que contou com LOST ONE, Everything is Everything, To Zion, Fugeela, Ready or Not, Zimbawe, Iron Like Lion. Mas quando a banda e a Lauryn deixaram o palco, o povo em coro começou a cantar Killing me Softly, aí já viu.
Lá veio ela à capela e a banda chegando depois, na sequencia o som novo (loose myself) e fechando com estilosa Doo Wop THAT THING (Tín!). Aqui eu encho o peito de ar e durante os próximos 45 segundos sai um belo: P U T A Q U E O P A R I U ! ! ! !

O título é mais uma excreção exercida neste espaço cibernéticocrático. Attitude é como os estadunidenses aplicam a escrita para a mesma coisa. E lá -pensa este pobre sul americano periférico - Lá, o "t" a mais é o TIME... E na boa, não quero comparar nínguem, apenas a attitude de alguns artistas, pois vi o grande Tom Zé começar um show antes da hora resmungando sobre a falta de respeito com o fato de ter que passar som atrasado na frente do público (show gratuito ao público)... Vi o Roger Watters começar um espetáculo fabuloso Dois minutos antes da hora marcada. Vi a merda que deu o atraso dos Racionais na Sé. A idéia agora não é ficar fazendo juízo, apenas cobrar RESPEITO. Quarenta minutos é atraso. Mais de uma hora é desrespeito. Tô ficando velho porra!

sexta-feira, junho 08, 2007

Eyes On Darfur

Eyes On Darfur


Isso me chocou hoje. Como somos tão pequenos diante da morte. Como somos mesquinhos diante da desgraça alheia. Como ser forte num mundo que caminha no sentido contrário sempre.
Pois é, mais um gole, mais uma tragada... mais trabalho pra ocupar minha cabeça. Mais um pelo no meu umbigo. Mais um motivo pra chorar. Ou mais um motivo pra agradecer à Deus pelo meu mediocre destino de permanecer rodando em volta do Sol?