segunda-feira, maio 15, 2006

Marcelo D2, revide...

Prepotência, arrogância, demagogia e hipocrisia merecem retaliação.
Não será o Marcelo D2 quem vai escapar da minha mira. Vivemos um momento crítico onde ou a mídia começa a veicular a arte do povo para o povo, ou perde dinheiro, audiência e controle.

O RAP possui mais de 20 anos de estrada no Brasil, nasceu influenciado pelo som dos negros estadunidenses, sim, porém aqui nós sempre fazemos do nosso jeito. Alguns claro, se deslumbram com o show bizz, sucesso por fama, fama e dinheiro, e se perdem no caminho.

Desde que conheço o RAP, que começou com uma levada de curtição com RPW, Thaíde, Pepeu, Doctors Mc's, etc, o negócio era promover entertenimento nas quebradas, só bate-cabeça, então chegaram algumas cabeças pensantes e viraram a mesa, com ideologia, discursos contudentes, críticas e sugestões. Como uma verdadeira continuidade do PUNK, clamando por mudanças, falando alto.

Mesmo assim, algumas lendas sempre andavam ecoando no meu WalkMan, como Cypress Hill e Beastie Boys, mesmo que nesta época, minha adolecência me levasse para o Punk, HardCore e o Metal. Então aparece aqui no Brasil algo que misturava vários elementos do que eu curtia. E hoje consigo entender melhor, a legalização da maconha (Cypress Hill), o sarcasmo (Beastie Boys) e pancada na cozinha (Baixo - Batera) e o tal metal na guitarra. Nasce o tal do Planet Hemp, plagio compilado? Tire você a conclusão...

Depois o cabeça da banda resolve fazer a boa, e se lança como "under-ground" numa carreira solo, tendência na época, e vai abraçando as idéias do capital, e do benefício próprio. Ao meu ver, tudo legítimo, pois sempre preguei que sem atravessar o lado de ninguém, o cara se levanta da maneira que pode. Né?! Ideologia e responsabilidade fica pros mais utópicos, bobagem...

Mas pensando sobre as outras tendências e coincidências, o tal do Marcelo, faz estardalhaço de graça e ridiculariza os ex-companheiros e os Rappers brasileiros, por simples orgulho infantil ou marketing. Lá fora um loirinho fazia o mesmo, apadrinhado pelo Dr. Dree, mas isso é outra idéia. A creditibilidade vai pro saco quando ele começa atravessar a idéia alheia. Como diria o P9, eu só estou relacionando os fatos, o juízo cada que faz.


Não podemos desmerecer a produção do cara, afinal ele tem recursos e usa bem. Consegue participações muito especiais, mas não tem o direito de falar o que quer e bem entende. Se alguns rappers não dão entrevista, é por uma questão de respeito e responsabilidade. Afinal, se for pra falar besteira é melhor ficar calado.

Pensei muito antes de dar mais ibope ao cara, mas quer saber?! Ele abriu o precedente, fala o que quer, e eu na onda exercito meu direito de expressão. Toma lá dá cá.

Mistura de RAP com Samba, é vendido como uma invenção do cara, mas se olharmos o HipHop espalhado pelo mundo, temos a mistura do RAP com elementos das culturas locais, seja onde for. Nem entro nos verdadeiros méritos do Rappin Hood, ele não precisa de "Merchan". A questão é que entre um flash e outro, o MainStream trabalha a figurinha pra fazer do RAP uma nova "lambada" e claro, aniquilá-lo assim que não der mais lucro.

Mas quem quiser ouvir RAP de verdade, ideologia, compromisso e atitude, é fácil, basta fazer parte do povo, lá toca tudo que as rádios rejeitam, ao contrário dos discos que vendem com ajuda de jabá.

Ae Marcelinho, cascudo é seu blábláblá, sinistra é a sua prepotência, baixa a bola seu marionete! HipHop é compromisso, não é grife, presta mais atenção.


Wil



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