sexta-feira, julho 07, 2006

INDUTO DE FÉ - 04/11/2003

Reza a lenda que filho de ladrão só fica gordinho quando o pai tá na rua.

O Induto oferece uma nova chance de deflagrar o mistico efeito colateral da socio-mediocridade brasileira. Circulo vicioso, muro de chumbo que cada vez fica mais estreito, o lado A e lado B estão quase sem fronteiras. A distrubuição de renda do mundo cão é feita à mão armada, uma bela poesia onde 13º. do assalariado faz a vez de quem não tem nenhum salário o ano todo.

Festas, tempo de alegria, confraternização e é claro... acerto de contas, quem é sabe e, a novela se repete: vários homícidios, assaltos e chacinas. O ódio tem vez no coração de quem nunca acreditou em papai noel, assim como a vontade de começar de novo e fazer tudo diferente, até que novas portas sejam fechadas.

Como eu sempre insisto, as portas só se abrem se você bater nelas. A favela tá cheia de inteligência e disposição, mas não pode criar somente arquitetos que desafiam a lei da gravidade nos morros com seus barracos voadores.

Sacrificio e fé nunca são em vão quando temos disposição, objetivo e determinação. Cada opção é uma opção, eu respeito, mas lamentação, eu sinto muito, temos cabeças pensantes que fazem o RAP, temos mentes brilhantes que burlam sistemas de segurança, temos artistas do cotidiano e economistas do caos que sobrevivem com nada e ainda conseguem tomar umas biritas no boteco.

Então este é o meu convite, um 2007 de tomada de posse, um
2007 de cabeça erguida, onde o primeiro passo se dá com a subtração do sentimento de automarginalização que carregamos, um 2007 onde possamos ocupar nosso espaço de direito, um 2007 que fortaleça a união pela união, não a união para o confronto, um 2007 de reinvidicação, com ou sem gritos, pelo direito à vida, pelo direito a dignidade, aos sonhos. Um 2007 de muita coragem, um 2007 de basta a hipocrisia.

Recomeçar é repensar o passado e presente, repensar o futuro, repensar a vida.

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