sexta-feira, julho 07, 2006

Por aqui, por ali... - 04/04/2004

Ao ver a arma opressora "Rede Globo de Televisão", por sua vez concessão do estado militar, expressando no Fantástico, Faustão e outros meios de manipulação a sua consideração ao HIPHOP, sinto muito medo.

Não sei se é uma reação de defesa política, muito bem arquitetada, imaginando que vamos copiar os quadrúpedes Norte-Americanos que se contentam em ostentar suas jóias e carrões na televisão.

O pesadelo do pop já é fato. Em todo o mundo a arte que sai das periferias, classes operárias ou desfavorecidas em geral, estão se firmando. Sinto que as condições são favoráveis, mas ainda questionam quem as promovem. De qualquer forma não é mais possível sermos ignorados, por isso devemos redobrar nossos cuidados.

Peço, pela cautela de todos os envolvidos no movimento HIPHOP, uma responsabilidade muito maior em guiar a nossa massa que foi massacrada pela ignorância.

Vejo alguns irmãos dando entrevista e falando sobre o seu resgate da marginalidade através do RAP, penso que o RAP é apenas um meio de ampliar pensamentos, idéias, questionamentos e discernimento pra nossa própria evolução. Assim já houve o Reggae, o Samba, a MPB, MangueBeach, etc. Temos mais uma veia crítica: como essas idéias poderiam ecoar nos ouvidos da molecada que está usando isto como referência.?

Eis aqui o meu recado:

- Não nos contentemos com a obrigação alheia executada. Reavaliemos sempre os nossos ideais até para com aqueles que tem culpa de ser a minoria. São estas mentes que o hiphop precisa persuadir, corrigir, catequizar. Pois um inimigo aniquilado também significa um aliado a menos. Por outro lado, não fique à vontade quando estiver do lado de lá, ou os de cá podem continuar do lado de cá!


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