segunda-feira, setembro 11, 2006

Só não duvido da fé!

Estive passeando pela Avenida do Estado que liga a região central ao ABC Paulista. O que vi me alarmou. Uma série de mega templos religiosos, sua maioria evangélica. Sempre fiz questão de esclarecer que a fé dos "fiéis" não merece minha contestação. Mas que a máquina administrativa e ideológica das igrejas evangélicas merecem uma boa investigação.

O que me alarma são alguns fatores que num médio prazo podem garantir o sucesso de uma revolução religiosa no país. Embora as autoridades não se importem, coloco aqui minhas preocupações.

As igrejas evangélicas trabalham algumas das lacunas que o nosso sistema político cria. Como a desesperança, o atendimento assistencialista, a formação de grupos de interesses, falta de identidade ideológica, etc.

A lógica mercantilista é muito interessante. Nos mesmos moldes utilizados pelo Abílio Diniz para dominar o setor alimentício, os evangélicos possuem ramificações que atendem a vários gostos, desde o fiel mais tímido ao mais fervoroso. A dominação ideológica deles, é o exemplo mais bem sucedido de fidelização de clientes. Os clientes são denominados "fiéis" e adimplentes.

A máquina evangélica já conta com uma participação muito expressiva nos poderes legislativo e executivo. Eles possuem partido politico, verba para campanha e boas alianças. E o mais perigoso, eles são donos de sua própria mídia. Emissoras de rádios, Tvs, jornais, revistas e outros. Além de, os segmentos mais radicais, induzirem os seus fiéis a não consumirem informações oriundas de outras fontes de informação. Monopolizando a própria cultura e informação que os fiéis devem consumir. Alegam que assistir à outros canais de TV configura pecado devido ao excesso de pornografia (inconstestável).

A humildade dessas mentes catequizadas podem servir de massa de manobra para muitas coisas, entre elas, a revolução. Como, porque e quando, é a pergunta que eu faço à Deus.

E embora eu esteja "viajando na maionesse", é o único caminho revoluncionário que consigo enxergar no Brasil a curto e médio prazo.

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